"Bendito seja o Deus e
Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda a
consolação" (2 Co 1.3)
Amados, antes de tudo
devemos fazer uma relação entre a 1ª e a 2ª carta de Paulo aos coríntios. Daí
faz-se a seguinte pergunta: quais as principais diferenças entre a 1ª e a 2ª
carta de Paulo aos coríntios? A primeira carta objetivava basicamente ministrar
conselhos e instruções sobre assuntos de importância da fé e do comportamento
cristão. Já na segunda o principal motivo que inspira Paulo a escrevê-la é o de
reivindicar sua autoridade apostólica, especialmente quando a igreja de Corinto
tinha sido invadida por falsos apóstolos que procuravam minar sua autoridade e
desencaminhar os crentes do evangelho que haviam recebido por seu intermédio.
Por essa razão, nós vimos na lição anterior que a segunda carta pode ser
chamada de “carta contristada” ou “carta dolorosa”, pois Paulo encontrava-se
profundamente triste por causa desses acontecimentos. Assim, Paulo escreve a
segunda carta, contudo, não com caráter autoritário, mas antes como pai
espiritual dos crentes de Corinto, aos quais ele ama e quer que respondam com reciprocidade
ao seu amor e permaneçam fiéis as verdades que ele lhes comunicou.
Ao iniciar a carta Paulo de certa forma lança sobre os
crentes de corinto, uma consolação a qual ele mesmo recebeu de Deus e como ele
descreve no (Cap. 1:4.) Que
nos consola em nossa tribulação, para que também possamos consolar os que
tiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmo somos
consolados de Deus. Consolação essa que veio em forma de defesa da
sua autoridade apostólica, afinal a natureza das tribulações de corinto eram
essa, ou seja, de certa forma era frustrante para a igreja de corinto, o fato
de ter surgido dúvidas em relação à integridade apostólica de Paulo, afinal ele
era o pai da fé deles. Assim a segunda carta veio como um alívio, pois através
dela Paulo pode mostrar toda a veracidade de seu ministério e confortar os
coríntios.
Tema
gerado: dificuldades da vida Cristã
Meus
amados, atualmente a mensagem da cruz tem sido pregada a muitos, tendo como
conseqüência a aceitação por parte de uns como também a rejeição por parte de
outros. Porém em muitos casos pode ser observada a desistência após a aceitação
o que chamamos de (desvio). Em outros casos, a permanência na palavra é de
certa forma induzida mediante a sua modificação ou até mesmo adaptação, através
de uma ferramenta de pregação que muitos chamam de aplicação pessoal da palavra.
Isso tem se tornado um dos grandes problemas da igreja do século XXI. Pois de
certa maneira a palavra de Deus tem sido vítima de influencias das concepções
filosóficas seculares e muitos tem se deixado levar por esses falsos
ensinamentos.
Aqui nesse texto eu farei
referencia a um exemplo, dessa forma enganosa através da qual os falsos
profetas usam pra adquirir seguidores. Eu me refiro a falsos profetas, pelo fato
da bíblia profetizar o surgimento desses nos últimos tempos “Igualmente hão de surgir muitos falsos
profetas, e enganarão a muitos;”
(Mat
24:11). Diferente do que muitos pensam os falsos
profetas não virão como um monstro que terá dois chifres na testa e que falará
de coisas sem sentido. Eles virão como pessoas comuns, ou até mesmo influentes
e que enganarão muitos como diz a bíblia acima.
Muitos estão se deixando levar por esses
falsos profetas e por ensinamentos como
o da “facilidade cristã” disfarçada de boas intenções e que pregam um evangelho
sem cruz, sem sacrifício, sem renuncia, sem dificuldade. De repente, apareceram
igrejas que, falo de forma lírica, é uma espécie de “produto tabajara” que
resolve todos os seus problemas, problemas esses que são normais a qualquer ser
humano independentemente de crença ou situação social e que inevitavelmente
surgem nas nossas vidas. Esquecem que Deus falou que “No mundo tereis tribulações” e que para seguirmos a Cristo nós
aceitamos essas tribulações de bom grado simplesmente pelo fato de obtermos a
salvação ao fim dessa caminhada. “Se
alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me”
(Mat 16:24b).
A cruz que todos nós carregamos não é aquele sofrimento
que muitos até correm atrás para de certa forma justificar a sua vida cristã.
Por que tem gente que gosta de sofrer, corre atrás do sofrimento para
justificarem suas vidas. A cruz que todos nós carregamos são as nossas
limitações, nossas fraquezas, nossa vulnerabilidade que é natural do ser humano,
que muitas vezes são esquecidas por causa de uma idéia de santidade difundida
por muitos, por causa de uma cobrança de perfeição exagerada que destrói muitas
vidas, por causa do desconhecimento do amor de Cristo que é a única coisa que
santifica o ser humano. Muitos esquecem
que ainda que tentamos, nunca seremos santos, enquanto carne. Porém nunca podemos desistir de tentar, pois é
no tentar que conseguimos ser parcialmente santos e somos transformados de
glória em glória, até o cumprimento da
grande promessa de sermos totalmente santificados quando Cristo vier. “Mas digo isto, irmãos, que carne e
sangue não podem herdar o reino de Deus; nem a corrupção herda a incorrupção.
Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos transformados,”
(I Cor 15:50,51) Muitos mais do que dificuldades cotidianos,
nossa cruz é muito mais pesada e muitas vezes não conseguimos carregá-la sozinhos,
por isso Jesus disse à que aqueles que encontram-se cansados que descansem
nEle, por que seu fardo é leve. Certamente é sacrificante seguir a Cristo.
Porém não é só isso como muitos pensam. Existe um equilíbrio que tem que ser
mantido para que os limites da justiça e do amor não sejam quebrados. Deus é misericordioso,
porém justo.
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