terça-feira, 12 de janeiro de 2010

AULA DA EBD 2° LIÇAO


"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação" (2 Co 1.3)
Amados, antes de tudo devemos fazer uma relação entre a 1ª e a 2ª carta de Paulo aos coríntios. Daí faz-se a seguinte pergunta: quais as principais diferenças entre a 1ª e a 2ª carta de Paulo aos coríntios? A primeira carta objetivava basicamente ministrar conselhos e instruções sobre assuntos de importância da fé e do comportamento cristão. Já na segunda o principal motivo que inspira Paulo a escrevê-la é o de reivindicar sua autoridade apostólica, especialmente quando a igreja de Corinto tinha sido invadida por falsos apóstolos que procuravam minar sua autoridade e desencaminhar os crentes do evangelho que haviam recebido por seu intermédio. Por essa razão, nós vimos na lição anterior que a segunda carta pode ser chamada de “carta contristada” ou “carta dolorosa”, pois Paulo encontrava-se profundamente triste por causa desses acontecimentos. Assim, Paulo escreve a segunda carta, contudo, não com caráter autoritário, mas antes como pai espiritual dos crentes de Corinto, aos quais ele ama e quer que respondam com reciprocidade ao seu amor e permaneçam fiéis as verdades que ele lhes comunicou.
         Ao iniciar a carta Paulo de certa forma lança sobre os crentes de corinto, uma consolação a qual ele mesmo recebeu de Deus e como ele descreve no (Cap. 1:4.) Que nos consola em nossa tribulação, para que também possamos consolar os que tiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmo somos consolados de Deus.  Consolação essa que veio em forma de defesa da sua autoridade apostólica, afinal a natureza das tribulações de corinto eram essa, ou seja, de certa forma era frustrante para a igreja de corinto, o fato de ter surgido dúvidas em relação à integridade apostólica de Paulo, afinal ele era o pai da fé deles. Assim a segunda carta veio como um alívio, pois através dela Paulo pode mostrar toda a veracidade de seu ministério e confortar os coríntios.

Tema gerado:  dificuldades da vida Cristã
Meus amados, atualmente a mensagem da cruz tem sido pregada a muitos, tendo como conseqüência a aceitação por parte de uns como também a rejeição por parte de outros. Porém em muitos casos pode ser observada a desistência após a aceitação o que chamamos de (desvio). Em outros casos, a permanência na palavra é de certa forma induzida mediante a sua modificação ou até mesmo adaptação, através de uma ferramenta de pregação que muitos chamam de aplicação pessoal da palavra. Isso tem se tornado um dos grandes problemas da igreja do século XXI. Pois de certa maneira a palavra de Deus tem sido vítima de influencias das concepções filosóficas seculares e muitos tem se deixado levar por esses falsos ensinamentos.
Aqui nesse texto eu farei referencia a um exemplo, dessa forma enganosa através da qual os falsos profetas usam pra adquirir seguidores. Eu me refiro a falsos profetas, pelo fato da bíblia profetizar o surgimento desses nos últimos tempos “Igualmente hão de surgir muitos falsos profetas, e enganarão a muitos;” (Mat 24:11). Diferente do que muitos pensam os falsos profetas não virão como um monstro que terá dois chifres na testa e que falará de coisas sem sentido. Eles virão como pessoas comuns, ou até mesmo influentes e que enganarão muitos como diz a bíblia acima.
 Muitos estão se deixando levar por esses falsos profetas e por  ensinamentos como o da “facilidade cristã” disfarçada de boas intenções e que pregam um evangelho sem cruz, sem sacrifício, sem renuncia, sem dificuldade. De repente, apareceram igrejas que, falo de forma lírica, é uma espécie de “produto tabajara” que resolve todos os seus problemas, problemas esses que são normais a qualquer ser humano independentemente de crença ou situação social e que inevitavelmente surgem nas nossas vidas. Esquecem que Deus falou que “No mundo tereis tribulações” e que para seguirmos a Cristo nós aceitamos essas tribulações de bom grado simplesmente pelo fato de obtermos a salvação ao fim dessa caminhada. “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me” (Mat 16:24b).
A cruz que todos nós carregamos não é aquele sofrimento que muitos até correm atrás para de certa forma justificar a sua vida cristã. Por que tem gente que gosta de sofrer, corre atrás do sofrimento para justificarem suas vidas. A cruz que todos nós carregamos são as nossas limitações, nossas fraquezas, nossa vulnerabilidade que é natural do ser humano, que muitas vezes são esquecidas por causa de uma idéia de santidade difundida por muitos, por causa de uma cobrança de perfeição exagerada que destrói muitas vidas, por causa do desconhecimento do amor de Cristo que é a única coisa que santifica o ser humano.  Muitos esquecem que ainda que tentamos, nunca seremos santos, enquanto carne.  Porém nunca podemos desistir de tentar, pois é no tentar que conseguimos ser parcialmente santos e somos transformados de glória em glória, até  o cumprimento da grande promessa de sermos totalmente  santificados quando Cristo vier. “Mas digo isto, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de Deus; nem a corrupção herda a incorrupção. Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos transformados,” (I Cor 15:50,51) Muitos mais do que dificuldades cotidianos, nossa cruz é muito mais pesada e muitas vezes não conseguimos carregá-la sozinhos, por isso Jesus disse à que aqueles que encontram-se cansados que descansem nEle, por que seu fardo é leve. Certamente é sacrificante seguir a Cristo. Porém não é só isso como muitos pensam. Existe um equilíbrio que tem que ser mantido para que os limites da justiça e do amor não sejam quebrados. Deus é misericordioso, porém justo.

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